Não tenho para dar-te opalas e rubis
nem horas de lazer em barcos de recreio.
Não tenho para ti palácios em Paris
nem te prometo em Punta Arenas veraneio.
Não tenho nem suor nem sangue nem troféus
de saques e festins de lucros e de esbulhos.
Não tenho noite adentro acesos lumaréus
afugentando a treva, as sombras e os barulhos.
Só tenho o campo aberto ao sol do meio-dia
e as noites de luar ornadas de marfim
ouvindo os rouxinóis cantar a melodia
que trouxe no princípio a voz dum querubim.
É pouco o que te dou --- a dádiva do dia
e a noite para amar nos braços da Poesia?
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 19 de Maio de 2016.
Os mitos sobre o q a Mulher deseja constroem a 1 parte do poema. Fora esse distanciamento pessoal, entendendo como possiveis metaforas, a forca real q dtem na sociedade W, e + forte. No co junto um belo poema lirico na linha do romantismo. Bj
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