Dilui-se na memória
o tempo dos algozes
que morreram na cama
que foi negada aos justos
No pó do esquecimento
há muito jaz a História
que espera o julgamento
dos carrascos impunes
No Letes da vergonha
a corrente ensanguentada
desliza para o mar
que salga os tons azuis
da utopia celeste
No chão nosso da vida
abrimos os covais
dos sonhos derradeiros
no adeus da despedida
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 18 de Setembro de 2015.
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