Amor, vem adoçar o fel da minha insónia
com raios de luar e ritmos feiticeiros!
De novo vem florir ardores nos canteiros
dos nossos imortais jardins de babilónia.
De novo vem molhar os pés no nosso Odiana
e deslumbrar o azul celeste de Alcoutim.
Que amor e sedução derramem sobre mim
teus olhos verde-mar em rara filigrana.
Que o teu olhar me diga agora e sempre: aqui
estou, enquanto tempo houver, bem junto a ti,
até que nos dilua o caos na mesma massa.
Espera, meu amor, por mim, porque estou indo.
Aqui, aí, no caos... o nosso sonho lindo
será, no tempo vário, o tempo que não passa.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 13 de Setembro de 2015.
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