Para um futuro sem amos nem fronteiras
Dos longes sem memória definida,
ainda este sabor de sal e lama
nos chega das entranhas e se inflama…
...na carne viva dói tanta ferida!
Se nunca nos cruzámos nesta vida,
a mesma estrela-guia foi a chama,
foi/é a mesma luz que se derrama
na noite quase em dia convertida.
Tu foste até tombar, eu te levanto,
a ti e aos mortos todos que estão vivos,
para cantarmos juntos a manhã!
Lavremos esta terra – campo santo,
memória de caídos e cativos
e glória das auroras do amanhã!
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 13 de Agosto de 2017.
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