A mim me basta o frio que arrefeço.
E os dedos hirtos ficam caramelo!
Não temo nem contesto o meu regresso.
De pó, de cinza e nada não apelo.
Serei também um golpe do suão,
incêndio no vazio em movimento
gritando além de mim à solidão
a nossa ardente condição de vento.
Iremos ver as sombras dos montados
e as limpas das espigas em promessa
mescladas de papoilas a sangrar…
Iremos às amoras nos valados
e que ninguém das hortas nos impeça
de nos amarmos ébrios de luar!...
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 29 de Outubro de 2016.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.