A ABÓBADA
Sempre vi esta abóbada assim:
um azul polvilhado de estrelas
lucilando sinais para mim
e eu aqui sem poder entendê-las.
Desencontros fatais de evasão
a doerem de mais no meu peito.
O que faço do meu coração
na clausura do tempo imperfeito?
Se não posso ir além das tonturas
dos sinais, que me fique onde estou
e me baste este chão de planuras
onde sou e me cumpro e me dou.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 27 de Outubro de 2016.
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