O pouca terra, pouca terra escuto.
Monótona e ruidosa ladainha
ampara as minhas lágrimas e o luto
que a meu lado caminha.
Meu luto que é por ti e que é por mim.
Sombria noite sob um sol de lume
que queima o meu queixume
nas aras dum herético festim.
No silêncio do cais,
espera a provação do nunca mais,
desnuda e sem bagagem.
Embarco… e o pouca terra, pouca terra
vai sussurrando enquanto me desterra…
Adeus, boa viagem!
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 19 de Julho de 2016.
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