Eu dei-te o céu azul da Pátria Transtagana
e o sonho alado num tapete de alfazema…
Vieste na ambrosia ardente dum poema,
na asas da maré subiste o nosso Odiana.
Pisaste o chão que foi de Mutamid outrora
e mitigaste a sede antiga que perdura
na fonte que ficou cantante de água pura,
na fonte que ficou cantante de água pura,
casada com a dor de ferrugenta nora.
Trouxeste para mim carinhos de luar
e um albornoz tecido em milenar insónia.
Dos cálidos jardins da tua Babilónia,
vieste, perfumada e em flor, pra me encantar.
E neste encantamento, ausente já de mim,
mais um feitiço sou de um génio de Aladim.
José-Augusto de Carvalho
17 de Abril de 2014.
Viana*Évora*Portugal
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