Passa o tempo e a saudade floresce
no dulçor que ficou no meu peito.
Sobre mim, sinto a noite que desce
num abraço de sonho perfeito.
Tangem sons melodias de Orfeu
e de Eurídice escuto o cantar.
Quem soubera que fim nos perdeu?
Que princípio nos quer encontrar?
Acrobatas no céu, andorinhas
são girândolas de asas dançando.
Sob um véu só de estrelas caminhas,
mais que todas no céu lucilando.
Devagar, abro os braços e espero
outra vez ouvir: como te quero!
José-Augusto de Carvalho
Al-Ândalus, 19 de Setembro de 2016
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