Nem um soluço resta do meu canto.
Só na saudade posso ver-te ainda
vestida de papoilas e de espanto,
no enleio virgem da manhã mais linda!
Na tua boca – uma romã aberta,
bailava uma promessa proibida!
E ainda esta saudade me desperta
a dádiva do céu que foste em vida.
Vieste no feitiço de um sorriso
e foste num adeus que nos matou.
Soubemos que existiu o paraíso
na graça que te trouxe e te levou.
Agora, só nos restam os sinais
chamando dos confins do nunca mais.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 14 de Fevereiro de 2016.
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