Foto Internet, com a devida vénia
Aqui, na solidão da vida, me enterneço,
cantando a tua ausência em versos de saudade.
E quando a noite cai na noite que adormeço,
me sonha e vela a luz da tua claridade.
Lucila o setestrelo em mágico adereço
e as curvas do teu corpo exalam ansiedade.
No fogo em que crepito, em êxtase enlouqueço
e vejo definida a nossa eternidade.
Seremos nós mortais ou transe e paradigma
de um sonho que se quer lendário e se projecta
além do nada e pó que temos por limite?
Efémero viver! Que deslumbrante enigma
nasceu dentro de nós e freme asa inquieta
clamando por um deus que nele habite?
José-Augusto de Carvalho
Novembro de 2002
Porto Alegre
Rio Grande do Sul * Brasil
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